Dei um mau passo na carreira, e agora?

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Acontece aos melhores: escolher uma carreira ou aceitar um cargo para o qual, nitidamente, não é talhada; deixar um bom emprego para arriscar em outro que se revela desastroso; ficar demasiado tempo presa a funções ou a uma empresa onde o seu trabalho e dedicação não são reconhecidos. 

Os sinais de que tomou uma má decisão na carreira começam a ser claros desde cedo: as novas funções, afinal, não a entusiasmam nem realizam; sente que está a ser mal paga pelo seu trabalho, que o novo cargo é parco em novos desafios e sente que chegou a um beco sem saída. O essencial é não se sentir derrotada e começar a planear o seu regresso à maré de sucesso e realização profissional, dizem os especialistas.

Não entre em negação

Não há que aguentar eternamente as consequências de uma má decisão de carreira. Admitir honestamente para si própria que não está a resultar e que é preciso fazer alguma coisa para reassumir o comando da situação é sempre acertado. Pode sentir-se mais confortável em permanecer no cargo durante mais algum tempo (no caso de mudanças recentes, por exemplo; há sempre o medo daquela pergunta fatídica na sua próxima entrevista de emprego, ‘porque ficou tão pouco tempo nestas funções?’) pelo menos até completar alguns meses de experiência ou terminar projetos que tem em mãos, mas estabeleça uma meta temporal concreta e não deixe arrastar a situação. “Permanecer onde está é apenas uma forma de medição do sucesso e pode nem sequer ser relevante, se permanecer numa má situação”, como observa a executive coach e especialista em recrutamento Caroline Ceniza-Levine, num artigo para a Forbes. “O sucesso está em atingir os critérios que valoriza — quer sejam crescimento, desafio, remuneração, colegialidade [poder trabalhar com os melhores entre os seus pares] ou a combinação de vários destes fatores.”

Se não der o proverbial murro na mesa ou tomar medidas mais proativas, os responsáveis da empresa vão achar que está satisfeita e não vão sentir como prioridade uma mudança urgente das suas condições.

Peça aconselhamento

Não é a primeira pessoa que deu um passo mal calculado ou que teve pouca sorte na sua mais recente escolha profissional. “Aconselhe-se com outras pessoas. Explore novas alternativas de emprego ou carreira. Isto pode incluir uma visita a um gestor de carreiras”, escreve Ronald E. Riggio, especialista em liderança, num artigo para a Psychology Today.

Assuma o papel ativo

Uma das razões para alguns profissionais permanecerem numa empresa que lhes paga mal ou onde são tratados injustamente parte da crença de que, com o tempo, a situação irá melhorar e que alguém irá acabar por reconhecer e corrigir a situação., esclarece Riggio. Mas ninguém lhe prometeu que a vida ia ser sempre justa. Se não der o proverbial murro na mesa ou tomar medidas mais proativas, os responsáveis da empresa vão achar que está satisfeita e não vão sentir como prioridade uma mudança urgente das suas condições. “Quando chegar ao ponto em que consegue falar da sua experiência num tom de voz neutral e sem julgamentos, faça-o”, diz Caroline Ceniza-Levine. “Aceitando o seu papel ativo na história mostra que é um profissional empoderado, que faz escolhas e entra em ação. Tudo bem, esta não foi a sua melhor escolha, mas é você quem gere ativamente a sua carreira e está a seguir em frente de uma forma ativa.”

Se a melhor solução for a saída concentre toda a energia na procura de uma nova oportunidade e esqueça os pensamentos negativos.

Se resolver ficar…

A sua escolha pode passar por alterar as condições no seu posto de trabalho atual. Ceniza-Levine, diz. “Se resolver ficar, pode tentar fazer a diferença onde está — no seu ambiente de trabalho, relação com os colegas ou com o seu chefe. Pode tentar negociar um aumento de salário ou a atribuição de mais recursos. Pode fazer mudanças extra-trabalho, tais como as suas relações, interesses ou hábitos.”

Se o caminho está em mudar…

Quando a melhor jogada se revelar a saída, dirija o seu foco para uma nova busca de emprego, sempre com os olhos postos no futuro. Ou seja, pense nas aptidões que a tornam única e indicada para novos cargos, nos interesses específicos que tem e nas novas oportunidades que a aguardam; não se reporte apenas às suas experiências passadas ou a pensar “não sei para onde vou, só sei que não quero estar aqui”. Tente pôr a sua rede de networking em ação para chegar a bom porto e não esqueça que, ao focar-se demasiado nos seus sentimentos negativos presentes está a roubar energia à nova busca que a aguarda.

 Retirado de Executiva.pt

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